Nesse dia chuvoso, nada melhor que deitar-me e assistir a um bom filme. Hoje enfim assisti “GONZAGA, DE PAI PRA FILHO”. Não poderia ser melhor! Calma, calma...devem estar se perguntando como eu, uma gonzaguiana ainda não havia visto ao filme? Na temporada nos cinemas eu não fui, mainha até comprou um dvd, mas a imagem não era original...e eu me prometi: SÓ ASSISTO SEU LUIZ, COM QUALIDADE! E o dia foi hoje...
Meus olhos
lacrimejaram várias vezes e um questionamento em mim ficou, não sobre Luiz, e sim
sobre eu mesma. Porque esse sentimento tão forte? Porque amo tanto minha
região? Porque “sinto” tanto o sentimento nordestino? Essa alegria, esse
sofrimento? Incrivelmente o filme mexeu comigo, e não me aquietaria se não
escrevesse algo. Não vivi tudo o que ele canta, mas é como se vivesse...O zelo
pelos vaqueiros, o fascínio pela vida dos cangaceiros, o amor pelas raízes,
pelo o povo, o respeito aos mais velhos... Gonzaga e Gonzaguinha incrivelmente amantes
da música que canta a vida e da música que toca a alma.
Quanto aos
meus questionamentos? Genteeee SOU NORDESTE, NORDESTINAMENTE PARAIBANA. PARAÍBA
MULÉ/MUIÉ/MULHER MACHO SIM SENHOR. Alguns podem abrir mão de suas origens em
prol de obter títulos ou status... Eu não! Prefiro estar no anonimato sendo eu,
prefiro ao chegar no estrelato SENDO EU, SENDO A MINHA TERRA, SENDO PARAÍBA
TERRA LUZ.
Já Luiz
Gonzaga e Gonzaguinha? São eles, SENDO ELES! Um carioca, o outro nordestino.
Ambos amantes da música, reconhecedores de suas culturas e sentimentos. Um
cantou o Nordeste inteiro, o outro cantou “sua visão”.
Então porque
eu tenho que abrir mão do meu torrão?!
Sei, sou eu
ninguém não, mas sempre falarei do Sertão.
São João as
vezes VERDE, outras vezes tristemente SECO, mas SEMPRE SÃO JOÃO.
Não tô aqui
pra defender a tradição junina, mas a ORIGINALIDADE DA MINHA NAÇÃO.
Nação que é
o sertão, chitão, gibão e festivamente SÃO JOÃO. (Márcia Martins )