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Junina SANTA FÉ - AL (terminando sua preparação vestindo-se e maquiando-se exatamente nesse local) |
Olá Pessoas, enquanto muitos debatem os resultados, cá estou, para falar um pouco sobre a reflexão pós as COMPETIÇÕES JUNINAS, em especial, sobre o recente Concurso de Quadrilhas
Juninas de uma das maiores redes de TV do Brasil.
Tal Concurso
entre os quadrilheiros, é tido como o mais badalado, o mais almejado e a maior
vitrine junina do Brasil. Dizer que não é, seria erro grave meu. Mas, é bom
refletirmos um pouco mais sobre o mesmo. Eu já nem sei mais qual a edição vivemos
e persiste o descaso para com o artista quadrilheiro. O atual local onde vem
sendo realizado o Evento é ótimo, mas a organização precisa pensar no dançarino
das quadrilhas. Porque não se tem camarins, com banheiro, comida e água? Porque
não se tem uma “sub – área” para a concentração das mesmas? Se chover me diga
onde os grupos ficam? Nosso Movimento não pede regalias como as de grandes
artistas renomados não, bem sei que nossa festa é de rua, exatamente como o
carnaval. Mas poxa vida, somos em menor dimensão e por isso é cabível sim, a
estrutura para a quadrilha que antecede a outra nas ordens de apresentações. É
cabível sim, uma sala ampla com aspecto de camarim. Afinal tanto lá quanto cá,
já acontecem as mudanças. A tradição do festejo é de rua, mas as competições
não. O desfile das escolas de Samba acontecem num sambódromo onde se pagam
caríssimos ingressos para prestigiar o evento. Já as Quadrilhas Juninas,
competem, na maioria das vezes, em Estruturas fechadas com entrada gratuita
para o povo. Duas observações: 1 – Se os espetáculos juninos cabem num ginásio,
percebe-se daí a menor proporção estrutural da festa, onde faz-se sim, jus uma
área de concentração com qualidade para o artista popular. 2 – As quadrilhas
juninas mesmo num ambiente fechado, permanecem fazendo sua arte para o povo
pois não se paga para prestigiar os Grandes e Caros Espetáculos Juninos de
nossas Quadrilhas.
Dia desses
numa conversa com o Pesquisador Cultural Marcello Bulhões, ele falou assim: “As Quadrilhas Juninas no País, fazem parte
do contexto da cultura brasileira, movimento organizado, com dezenas de
milhares de pessoas como público em seus concursos e sem dúvida é a maior
expressão da cultura popular brasileira, com dezenas de quadrilhas em cada
estado, mostrando a cada ano inovação dentro da tradição junina”. Ele está
certíssimo.
Ao observar
alguns pontos do que ultimamente vem sendo comentado entre os quadrilheiros,
exige-se o devido VALOR para nossa Cultura. Entretanto, as maiores forças do Movimento
acabam cedendo a suas próprias vaidades em obter títulos e títulos... Porém,
lutar pela valorização do Movimento como UM TODO que é bom nada. Uma premiação
de R$ 12 mil supre os gastos de sua junina? Tenho absoluta certeza que não. A
submissão ao qual temos nos comportado enquanto Movimento Junino aos poderes
públicos e órgãos privados, nos faz merecedores do desrespeito que temos
recebido. E ainda preciso dizer, que o desrespeito entre nós também reflete
naquilo que almejamos obter. Lembro que o competir traz em si o ganhar e
perder, traz em si a zoação e a crítica, e isso faz parte, contanto que se
mantenha saudável e construtiva. Infelizmente não é o que temos visto. E não me
refiro somente ao meu Estado não, é lamentável como a maioria dos
quadrilheiros em todo Nordeste, tratam a Arte Junina e o quadrilheiro “rival”. Aprendamos a
melhorar e elevar nossa imagem enquanto ARTISTAS JUNINOS que somos, pois a força
desse Movimento é sem dimensão, e vocês não tem noção do estrago que faremos
quando enfim, nos dermos as mãos.
Faço tais observações acima, por ser o evento com maior recurso financeiro para nos oferecer melhor tratamento, mas lamentavelmente isso acontece em todos os Concursos. Contudo as organizações locais de cada Estado, por vezes, passam as mesmas dificuldades que as Quadrilhas para promoverem os festivais e por isso tem meu respeito.
Apesar de tudo, é justamente nesse tipo de evento, onde acontece a maior CONFRATERNIZAÇÃO da Cultura Junina. As imagens falam bem mais que minhas palavras, pois sem sombra de dúvidas, somos uma NAÇÃO FESTEIRA E FELIZ! VIVA A SÃO
JOÃO!!
Márcia Martins
Fotos por Dinho Bocão (DB-FOTOGRAFIA)
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FILA QUILOMÉTRICA PARA ENTRAR NO EVENTO |
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UMA DIVERSIDADE DE INÚMERAS JUNINAS |
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NO SOL E NA CHUVA AGUARDANDO OS PORTÕES ABRIREM |
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NOSSO MOVIMENTO TEM FORÇA E UM PÚBLICO ENORME |
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QUEM ESPERA NA FILA AINDA PRECISA ENFRENTAR O DESRESPEITO ENTRE O PRÓPRIO PÚBLICO E DESORGANIZAÇÃO NA ABERTURA DOS PORTÕES, CRIANÇAS E IDOSOS SOFRENDO APERTOS |
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MESMO DIANTE TUDO, A NOSSA ALEGRIA SUPERA TUDO |
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UM TOLDO DAQUELES AO FUNDO É SUFICIENTE PARA OS CENÁRIOS NÃO LEVAR CHUVA? |
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A SUB-CONCENTRAÇÃO? OS FUNDOS DE UMA ARQUIBANCADA DE UM CAMPO DE FUTEBOL |
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A AGLOMERAÇÃO DE CENÁRIOS E EQUIPES DE PRODUÇÕES |
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UM PÚBLICO APAIXONADO E GIGANTE |
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UM EXÉRCITO DE AMANTES DO SÃO JOÃO |
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O DESCONFORTO NÃO NOS TIRA A FELICIDADE EM SER QUADRILHEIRO |
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UMA ALEGRIA |
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REPRESENTANTES DE TODO O NORDESTE NA ARQUIBANCADA |
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A TORCIDAS VIAJAM JUNTO E VEM TORCER POR SUAS REPRESENTANTES |
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CADA TORCE POR SEU ESTADO, MAS NOS GERAL TORCEM POR TODAS AS JUNINAS |