terça-feira, 29 de janeiro de 2019

PARABÉNS, TRANS QUADRILHEIRAS DO BRASIL



      E então pessoal, todos sabem que, em nosso País, há tempos, observa-se e ocorrem debates sobre o Movimento ou comunidade LGBTQI+, né verdade?! No entanto, hoje estamos por aqui para Celebrar o Dia Nacional da Visibilidade Trans. E nós do Blog Coisas Juninas não poderíamos deixar passar em branco, mais uma conquista dessas Cidadãs e Artistas.
   Entenda um pouco mais: "No dia 29 de janeiro de 2004, mulheres transexuais, homens trans e travestis foram a Brasília lançar a campanha “Travesti e Respeito” para promover a cidadania e o respeito entre as pessoas e que mostrasse a relevância de suas ações no Congresso Nacional. Foi o primeiro ato nacional organizado pelas próprias trans e isso repercutiu muito, de maneira que não só a data é lembrada e celebrada, como diversas manifestações e passeatas aconteceram ano após ano para reafirmar a importância da vida dessas pessoas". ( Texto-Fabrício Vianna).
    Bom, voltando e trazendo tudo isso para o nosso Movimento Junino, é indiscutível, que cada vez mais, elas conquistam espaço nas Quadrilhas Juninas, somando com suas criatividades, alegria e força. Sem falar também da disciplina e do respeito conquistado por cada uma delas em seus grupos. Agora, de modo breve falarei um pouco sobre algumas dessas estrelas espalhadas por tantas juninas do Brasil:
      Conversei um pouco com a Dhébora Star, Cabeleireira, dança desde de 2011. A mesma falou que nunca sofreu nenhum tipo de preconceito no meio da dança, pelo contrário - os homens querem dançar com ela. Disse também "Voltar a Dançar na Lageiro e vivenciar a cultura , amar e o principal se dedicar a ela, amo dançar, amo estar lá !! Com essa nova direção ESPETACULAR,  que não tem preço, são pessoas que nos fazem bem, nos contagiam, e a cada ensaio nos motiva a vir, mesmo com dificuldades, mas estamos alí na garra na força.  Ser Lageiro hoje é esplêndido e maravilhoso"; 
       Já a Laylla Santos, é quadrilheira desde de 2001, porém entrou para o time das damas a partir de 2008, a mesma é autônoma e dançarina da Lageiro Seco à 7 anos; 
      Ericka Santos conhecida e chamada carinhosamente de "Madrinha", não somente pelas demais trans, como por toda sua Junina e outras pessoas de fora - é Promotora de Excursões e Passeios Turísticos e também é membro da Lageiro Seco,uma das desbravadoras na atuação trans nas quadrilhas; 
       A Técnica em Enfermagem Allana Santana, dança à 10 anos e nos falou que quando está dançando, sente-se como se fosse uma outra Allana, e que é alí, que esquece todos os problemas diante tamanha alegria que sente - dança na Junina Fogueirinha; 
     Se hoje a Junina Sanfona Branca aceita Trans em seu elenco, é graças a Marjory de Oliveira, ela sempre acompanhava a junina e sempre desejou dançar lá, não podia ser outra, tinha que ser na Sanfona! Foi então que em 2017, com ajuda de Rone Lopes e outros, Seu Pedro a aceitou em seu grupo. Dias antes do falecimento de Seu Pedro, durante uma dinâmica do grupo, Marjory pode ouvir da boca dele, que era bem vinda e que tava muito feliz por ela escolher sua quadrilha para dançar - ela é cabeleireira;
      Amanda Fialho é Modelo e trabalha com eventos, nos falou um pouco sobre sua história Junina: "Danço quadrilha a 9 Anos, por 2 anos dancei na Mirim e depois conheci a Dona Matuta, onde estou a 7 anos. A Tuta chegou em minha vida, e foi onde encontrei minha real felicidade... Uma família que me acolheu, onde fiz muitos amigos "irmãs, e foi super importante em minha fase de aceitação e transformação. Porque quando entrei na Matuta, eu estava em fase de transição e meu pai de sangue é super preconceituoso até hoje; Serginho, além de meu Marcador, chegou em minha vida como um verdadeiro pai... Com puxões de orelha e lições de moral que levo pra vida. Por fim, a Dona Matuta é para mim, um espírito de luz, que chegou na vida e que não consigo deixar de lutar por ela acima de qualquer dificuldade."
      Lá do Ceará, temos  Dellan Barbosa (SABRINA KELLY) e Esron Ferreira (Deborah Furtado), meninas trans que representam com garra seu grupo de coração Paixão Nordestina...
       Poderia falar também sobre a Gabriela Medeiros, a grande Maria Clara e tantas outras amigas que o São João nos deu, mas concluo falando que as DAMAS que aqui foram citadas, REPRESENTAM TODAS VOCÊS: TRANS QUADRILHEIRAS DO BRASIL.
Parabéns!!!

      Abraços Juninos
                         Márcia Martins.

AGRADECIMENTOS: A Wagner Alves pelas fotos, sugestão e indicação. A Jecy e a Winddy. E a TODAS VOCÊS PELA COLABORAÇÃO E PARTICIPAÇÃO!!
Dhébora Star

Laylla Santos



Marjory Oliveira


Allana Santana

Ericka Santos (MADRINHA)



Amanda Fialho


Dellan Barbosa (SABRINA KELLY)
Esron Ferreira (Deborah Furtado)




quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

CONCENTRAÇÃO E ESPERA

concentração e oração

      Ano após ano as cenas se repetem...
      Quando chegam as Competições juninas, os ânimos se alteram, as emoções são mais fortes e a adrenalina é super, super gigante! Cada um tem sua maneira de sentir e esperar a sua hora de entrar no arraiá. Tem gente que sorrir de nervoso, outros sorriem por felicidade mesmo. Tem aqueles que são o estresse em pessoa (rsrsrsrs). Outros ficam focados, sérios, concentrados.            Existem a turma da "dose", tem que beber uma dose de cachaça pra enlouquecer ainda mais (rsrsrsr), e ainda tem arranjar um jeitinho (pois nem sempre os líderes liberam ). Tem também a turma dos que se isolam, preferem ficar quietos  sozinhos. Tem a turma detalhista, que sai olhando e ajeitando, saias, make, chapéu, cenários entre tantas outras coisas.
     Sim! Não posso esquecer da turma do "questionário", eles tudo que vão lembrando vão perguntando:" fulano, tu decorou o texto?: "Pegasse o cabo?"; "Testa o microfone visse?"... E  por aí vai. Eita.. e a turma do "tô me mijando"? kkkkkkkkk 
    Eu falo com propriedade sobre essas coisas, pois vivi na prática como brincante, e também como diretora, essas realidades. Contudo, muito provavelmente hoje em dia, diante das enormes estruturas dos espetáculos, as recomendações são bem maiores. Que bom que tô aqui, e posso continuar a vivenciar tais emoções junto a vocês!
       Infelizmente, nos bastidores dessas "concentrações", nem sempre existem a estrutura correta para acolher de forma digna a todos os grupos. Como vêem nas imagens, cada um procura se organizar e esperar conforme o local. Volto a questionar-me: E se chover? Onde vocês se protegeriam? Bem, isso já é outro ponto, que inclusive já falei por aqui numa outra matéria.
       Hoje quero apenas reiniciar as nossas atividades de uma maneira positiva, pois não vejo nas imagens e nem nos rostos de vocês tristeza alguma, quando alí estão, prestes a dançar e brilhar. Num Festival que para a maioria dos quadrilheiros, é como uma Olimpíada para um esportista, o Regional da Globo é o ápice competitivo das Festas Juninas, tenham certeza disso! E o ano de 2018 foi maravilhoso! Muitos espetáculos belíssimos, e quem chegasse alí nos agradaria de fato.
     Bom, como o assunto aqui, é o sentimento e postura durante a Espera e Concentração, eu não vou falar sobre resultados, beleza?!
       Que tudo comece, e vamos vê no que vai dar 2019.

           Abraços juninos,
                     Márcia Martins

Fotos por DINHO BOCÃO

Matutos do Rei - MA








Capelinha do Forró - BA





Lageiro Seco - PB





Babaçú - CE




Lumiar - PE



Coração Nordestino - RN



Luar do Sertão - AL


Lageiro Seco PB