UM PEDIDO DE PAZ

Não quero julgar, nem muito menos defender.

Sei que faz parte a zoação mas tudo perde a graça quando se torna realmente sem freios, sem respeito e totalmente sem noção. Pois sendo assim, já não é mais a brincadeira e sim a provocação e o insulto.

Quem ganha? Quem perde? Realmente eu não sei.

Quem é o certo e quem está errado? Infelizmente também não sei.

Tenho AMIGOS em quase todas as Quadrilhas, isso sim é o que sei. 

Sinceramente eu perco as palavras e até as forças para os ânimos tranquilizar...

 Um Cordel pedindo a PAZ:

Todo ano isso acontece,

Mas ainda não me acostumei.

Todo ano tenho esperança

De que isso não mais verei.

Mas esse ano tá tão sério

Que ao ler tudo até chorei.

O povo dança, o povo rir,

Isso sim é São João.

Então se vão as cores

Que alegram a tradição.

Ser quadrilheiro não é ofender,

É lutar pela questão.

Com visão e com respeito,

Pra não perder sua razão.

“nesse mundo de meu Deus”

Eu pensei ter visto tudo.

Mas desrespeito desse jeito,

Jamais vi isso eu te juro.

Onde e quando irá parar

Creio eu, no fim de julho.

Não vale a pena minha gente

Essa grande confusão.

Eu procuro entender tudo,

Mas não vejo uma razão.

Prá começar uma briga

E acabar com o São João.

O futuro nós não sabemos

Não há como adivinhar.

De repente amanhã te vejo

No grupo do lado de lá.

E como fica você,

No grupo que esteve a xingar?

 Me preocupa e me entristece, 

Vê-los assim malcomportados.

Eu prefiro em breve vê-los 

FELIZES e bem arrumados.

Todos juntos dançando muito

Com seus Temas encantados.

Para agora e pensa um pouco

Isso não é diversão

Tens família e teus pais

Podem não resistir não.

Por favor hoje lhes peço

QUERO PAZ NO SÃO JOÃO.

(Márcia Martins)