UMA SIMPLES OBSERVAÇÃO - TEXTO LIVRE

Nada está ganho. A conquista não está nas mãos de ninguém. Aliás, qual seria a real CONQUISTA? O Título? O Existir? O fazer Quadrilha Junina por amor?

Os anos se passam, e permaneço com tal indagação.

Começando pelos trajes - Nem sempre temáticos e mais focados em serem luxuosos, no sentido de festa de casamento social, e não de Casamento Matuto.

Calças apertadíssimas na atual moda masculina das vitrines de grandes grifes, ou seja, uma moda “colada”, justa, apertada, uma linha Sertanejo, que agora tornou-se Sertanejo Universitário.

As Damas, numa moda carnavalesca em seus arranjos com plumas e penas e maquiagens com pedrarias e gliter. Em seus trajes o ideal é basear-se em revistas oficiais para Noivas e Madrinhas, e adaptar ao junino, ou talvez, adaptar as cores e saias juninas apenas. E quando se trata dos trajes das noivas, são os da seção de tecidos finos os comprados para a confecção.

Se eu acho feio? Não, não acho! Apenas penso que já deixou de ser novidade, e está na hora de reencontrar-se novamente nesses caminhos.

Tá cansativo olhar, tá cansativo não sentir a IDENTIDADE.

Primeiramente seja VOCÊ, e depois sejamos o TEMA desenvolvido.

Os Encontro Juninos são para diversão e não para a AVALIAÇÃO E JULGAMENTO dos espetáculos. Uns chegam com o nariz lá em cima, outros tensos e impacientes. Encontros e Festas são para CONFRATERNIZAR-SE e não para dá início a rivalidade que nunca deveria ser fora dos Festivais.

Nenhum, sinta-se CAMPEÃO devido um bom tema, uma boa apresentação. Sinta-se vitorioso meus amigos, por conseguirem estarem FELIZES. Seja na cansativa espera, seja diante de um som que não ajuda, seja diante a irresponsabilidade de um músico ou integrante que atrapalha seu desenvolver. Não permita que atrapalhem o SER FELIZ QUE DEVES SER.

Dança é alegria, é expressão e amor. E quando trata-se da dança junina, então é que é ALEGRIA MESMO! Pensem nisso. Façam e tenham um São João onde você esteja feliz e sua alegria contagie quem te assiste e prestigia teu grupo.

                                   Márcia Martins